terça-feira, 30 de setembro de 2008

Música também é magia!

Momento musical desta quarta-feira...



a fada azul
oswaldo montenegro
Composição: Oswaldo Montenegro

Ela dança as fases da lua
tece vento e o ar rodopia
põe no colo os bichos das ruas
põe no chão quem quer correria
põe as mãos de alguém entre as suas
e é o nascer de um sol, mais um dia
Do aroma rosa da arte
ela extrai a cor da alegria
do lilás do olhar de quem parte
faz o azul de quem ficaria
do vermelho ardor do estandarte
o nascer de um sol, mais um dia
Tem a solidão do poeta
a paixão da chuva tardia
escultora da linha reta
que a luz percorre e esta via
salta do seu olho, é uma seta
o nascer do sol, mais um dia
São brilhos de estrelas na perna
e a noite que a estrela anuncia
a paixão é estranha caverna
quem tem medo e amor já sabia
uma noite nunca é eterna
é o nascer do sol, mais um dia
Ela pisa as ruas do tempo
já foi louca, princesa e Maria
faz de azul mais que cor, sentimento
mina d'água, azul, poesia
faz soar as rimas que invento
e é o nascer do sol, mais um dia

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Impressões sobre a aula de ontem...(25/09/2008)




Essas coisas são pessoais demais, tenho frequentado as aulas de Xamanismo e Espiritualidade Feminina na Hera Mágica, e normalmente minhas impressões, eu prefiro deixar lá. Mas não hoje, pelo menos não todas, mas as impressões e insights mais fortes que tive, deixo aqui, Sei lá, pode ser útil para mais alguém, não é? Alguém pode ver esses acontecimentos por um aspecto que eu não havia percebido, também...
Bom, começamos a aula como de costume, com a introdução da Fox sobre as Deusas de Cura, tema a ser trabalhado na aula especificamente. Na meditação, nos sentamos na posição de lótus, e depois deixamos (de olhos fechados) visualizarmos uma tela em nossa frente, onde veríamos um céu nublado, com nuvens carregadas, e a cada respiração, as nuvens iriam se dissipando. Confesso nesse ponto, as nuvens custaram a passar, demorou muito para que eu conseguisse visualizar um céu limpo, e logo após este céu estar limpo, deveria testemunhar um pôr-do-Sol. E aí, as nuvens que tanto fiz para irem embora, voltaram, não como nuvens pretas e carregadas, mas aquelas nuvens fofinhas, branquinhas, que os primeiros raios de Sol do dia pintam de uma cor vermelho/alaranjado....foi este o pôr-do-sol que eu vi, e acho até por ser esse pôr-d-Sol a lembrança mais forte que tenho, que sempre apreciei “loucamente”. As nuvens não iam embora por conta de serem nuvens de mágoas muito pesadas, as mágoas de uma Ártemis que precisa aprender a ser sozinha, e que chegou até o abismo mais profundo para perceber isso.
Em algum ponto, a Fox intruiu-nos a pôr a mão esquerda onde o corpo sugerisse necessitar de cura. Obviamente todas nós, mulheres sensíveis e vivas, acabamos por colocar a mão no coração. Depois cada uma em seu caso particular, teve a mão involuntariamente “sugada” para outra região...e as minhas duas mãos não escolhiam se ficavam no coração, ou na garganta (tenho tido dores chatérrimas de garganta)...e aí que me toquei! Sim, no mesmo dia eu estava com a minha psicanalista e estávamos comentando esse meu péssimo hábito de evitar atrito, e muitas vezes, não dizer um terço do que queria, de engolir as palavras com sal e pimenta, de ouvir desaforos, ler desaforos e até mesmo além de engolir, recebê-los! Sim, eu entrar na sugestão de outra pessoa de que há algo errado COMIGO...assim, tomo as dores de todos. E minha garganta inflamou de tanto engolir. Curiosamente, tinha acabado de dar uma retrucada numa sem noção que veio me falarbosta e achou que ficaria por aí mesmo. Foi no blog dela, que a mandei à merda, pra se olhar no espelho, afinal de contas, alguém tão cheio de carências, nerd, boba, sonsa, metida a foda, com dor na coluna, dor de dente, gastrite e tudo mais. E aí me caiu a ficha: eu engoli desaforo DISSO? Ah, foda-se!
E a dor de garganta passou! Sim!
Outra coisa bacana foi enviar a energia de cura que havíamos “criado” para alguém em especial, independente de espécie. Só consegui visualizar aquela árvore, que penso nela todos os dias, que vou vistar todo fim de semana, aquela árvore-mãe, que eu tanto amo, e parece que ela também anda tristinha. Me ocorreu então, que a ânsia por colo e carinho que eu estava quando a conheci, coincidiu, talvez com a ânsia que ela estava para dar colo e carinho para alguém, mas ser sempre vista só como uma árvore á beira do lago. Unimos nossas ânsias e nos encotramos, uma no coração da outra! (nossa, já choro só de lembrar disso!)
E as cartas que me vieram: Oráculo da Deusa, me veio a Ártemis. Claro! Só podia ser ela! Mirar, apontar, caçar, assim como alimentar, nutrir, proteger a vida recém-chegada. Encontrar a minha floresta, encontrar meu canto. E a outra carta que veio, do Oráculo do Santo Graal, a carta “Emoção”.... justamente, me apegar a mim mesma, eu me meto a me envolver com os outros, mas quando perco meu território, eu piro! E cada vez mais, ser sozinha tá sendo uma delícia!
Encerramos o círculo com o maracá (eu com meu querido pau-de-chuva, já que o maracá tá em alguma das caixas pra mudança)
Só me espremeu o coração relembrar aquela árvore. Que saudades dela, esse fds eu tenho que ir vê-la! E sobre Ártemis...bom...em breve eu explicarei sobre ela (o que eu achar!)!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Afrodite 1

A coisa por ora vai funcionar da seguinte forma: como eu estou acostumada a tirar minhas conclusões à medida que aprendo, ora apenas pensando, outras só falando, mas nunca escrevendo, deixem comentários, dúvidas e coisas afins. Eu tb tenho algumas dúvidas e as postarei. E vamos ver no que dá, ok? Prontos(as)? Ready or not, here I go!




Sobre a Afrodite, quero começar utilizando algumas palavras “emprestadas”, como a que segue abaixo: (retirado do site http://www.paganismo.org/colunistas/elide-cascone/altar-do-amor-de-afrodite/venus.html, autoria de Élide Cascone)
“Como digo sempre, Afrodite é uma Deusa geniosa e não costuma atender a mulheres que têm sua auto-estima em baixa. Ser feminina é muito mais do que andar cheia de “penduricalhos”. Ser feminina é uma atitude da alma. Não se esqueça disso, por mais que use jeans, tênis, e um cabelo curtinho, o charme e a sedução é algo que brota da essência de nosso ser, refletindo assim no físico exterior. Alguns estudiosos de aromas dizem também que mulheres femininas tem um cheiro natural mais atraente a ambos os sexos.

A beleza de sua Afrodite está na alma que se deleita ao ser mulher em qualquer fase da vida: donzela, mãe ou anciã. Todas têm poder de sedução, use- o.”

Eu sou muito mais Ártemis, gosto de mato, de desafiar os homens, e da liberdade. Mas nem por isso, esse aspecto Afrodite desaparece. É bastante comum eu ver uma mulher bem-arrumada, salto alto e o escambau e pensar comigo “pfff...como é que ela vai andar no mato com esse sapato?”. Mas isso é um aspecto meu. Usei-o para exemplificar, pois não pretendo falar diretamente apenas ás mulheres-Afrodite, mas também ás mulheres de outras Deusas, como no meu caso, Ártemis.

Com toda a certeza os atributos de Afrodite vão além desse trecho de descrição que peguei emprestado da Élide Cascone. Eu, pessoalmente, me vejo como Afrodite na cor vermelha. Eu adoro vermelho, quando me desperta a Afrodite, eu paro de roer as unhas e pinto-as de vermelho. Compro sapatos vermelhos. Para aulas de dança (momento mais feminino do que a dança?) eu uso uma saia vermelha, e um véu branco (como asas de uma pomba branca. Puramente Afrodite!).

O segredinho para estar em paz com Ela, é, principalmente, se localizar. Achar seu centro. Pois a Afrodite tem um lado “perigoso”, que é o do excesso. Por ser extremamente feminina, ela tende a exagerar, dramatizar. O jogo do amor é um jogo perigoso, embora seja delicioso se arriscar nele.

Seguindo um trecho de “A Deusa Interior” (Jennifer & Roger Woolger)

“(...) Não há nada de novo na descoberta de que casamentos arranjados geralmente fracassam no plano emocional. Quando os Deuses são convocados a observar o casal em sua rede in flagrante delicto (literalmente, “nas chamas do deleite”), eles acham a cena tão lúdica que não resistem e caem numa gargalhada homérica. Como se a Deusa do amor pudesse se satisfazer com um só marido!”

Ao meu ver, tais palavras podem chocar uma mulher-atena, tão acostumada ás regras e princípios. Uma mulher-atena que se deixa levar por Afrodite, mas sem saber exatamente como está a despertando em seu interior, pode acabar se encontrando numa situação de culpa, de acabar por ir contra seus princípios, se entregando à uma relação adúltera, ou sendo parte deum triângulo amoroso.
Em alguns casos, a mulher com Afrodite desperta tende a ser a musa, a inspiradora. O homem, já casado, se sente atraído pela beleza, pela sedução, pelo olhar hipnótico de uma Afrodite acordada e á flor da pele. E tal Afrodite, com seus jeitos e trejeitos, de sedução, de inspiração, de alegria, inspira o homem, que por sua vez, acaba por compartilhar seu mundo com a amante Afrodite, como toda amante, dá prazer e inpiração. O trsite é que muitas Afrodites despertas podem cair de amores num triângulo amoroso, e a delicadeza de Afrodite então aparece. Não que ela não sobreviva, mas com seu aspecto emocional latente, e a sexualidade exposta, a dor emocional é profunda e dolorida, e uma recuperação, por mais que bem-sucedida no final, tende a ser dolorida.
(continua...)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Acabou de chegar

Esse eu recebi agora mesmo da Soraya, da Cirandda da Lua....apaixonei-me!





Sincronicidade
Você me sente sem eu chegar
Eu leio sua alma sem te conhecer
Eu levo amor à tua vida
E um brilho de luz em cada palavra dita.
Basta um pensamento para que eu aconteça
De noite eu penso, de manhã realizo.
Eu não controlo o choro e o riso
Cada dia crio a minha sentença.
Eu atraio só o que eu quero.
Eu faço minhas imagens...
O retorno chega logo
Chega o amor, luz, felicidades.
Eu sinto teus desejos no vento
Eu sigo tua essência e luz.
O que estás pensando neste momento?
O que você pensa longe reluz.
É assim, de tão simples difícil parece
É assim, fazer acontecer hoje o que a alma pede
É assim, só pensar e sintonizar no bem...
É só querer que tudo vem!

"Há uma força escondida, uma força do astral, uma força minha,
que faz acontecer o bem ou o mal. Os pensamentos têm força.
Preste atenção nos seus e no que você atrai na sua vida...
Pois você a cria diariamente!"

Flora- a Deusa da Primavera

Primeira sa sequência, só para vermos como é que fica no blog!

Bom, vamos lá:




Durante os festejos, jogavam-se sementes sobre a multidão para atrair a fertilidade e a abundância. Se faziam também, sacrifícios de ovelhas e os homens lhe ofertavam mel e sementes de flores.O mel era considerado um dos presentes que Flora tinha dado aos seres humanos. A abelha é um símbolo da potência feminina da natureza. Ela foi ligada, prioritariamente, a Deméter, Ártemis e Perséfone, sendo ainda representação da terra, de sua maternidade, de sua diligência modeladora, hábil e ininterrupta; por conseguinte, é a imagem da alma telúrica de Deméter na sua forma maia pura e elevada.

Nas Tesmofórias siracusianas, os participantes levavam os chamados "mülloi", bolos preparados com mel e gergelim no formato do órgão genital feminino. Em sua monografia sobre as abelhas, Menzel alude a um hábito indiano, que classificou como comum, que consistia em untar os genitais da noiva com mel, no dia do casamento. A "castidade" da Grande Mãe, isto é, o fato de esta ser independente do homem, é bem evidente, em especial na colônia das abelhas da Amazônia, em que somente a rainha é fecundada pelo macho, e apenas uma vez.

Apesar de Flora ser uma deusa inteiramente itálica, Ovídio intenta relacioná-la com a mitologia grega. Partindo de uma falsa etimologia, identifica Flora com a ninfa grega Cloris. No relato há uma lenda entre Cloris e Zéfiro.

O autor nos conta que em um certo dia de primavera Zéfiro, o vento oeste, avistou passeando a ninfa Cloris, apaixonou-se por ela e seu beijo gentil a transformou em Flora. A raptou e posteriormente casou-se com ela. Como prova de seu amor, Zéfiro nomeou a sua amada como rainha das flores das árvores frutíferas. Concedeu-lhe ainda, o poder de germinar as sementes das flores de cultivo e ornamentais. Zéfiro e Cloris era um casal de deuses alegres e jovens que deslizavam pelo céu, enfeitados com coroas de flores, que tocavam com suas asas os casais de namorados nos dias frescos de primavera.

Depois Ovídio segue relatando que Flora interveio em outro mito. Juno tinha ficado desgostosa com Júpiter, por ele ter dado à luz sozinho a Minerva, decide então fazer o mesmo. A rainha dos deusas vai em busca da ajuda de Flora para conceber um filho sem ajuda de seu esposo. Flora lhe entrega uma flor que crescia nos campos de Oleno, na Acaia, com a qual Juno engravidou de Marte, o deus cujo nome é o primeiro mês da primavera no Hemisfério Norte. Assim, o nascimento a partir da flor feminina é uma forma arquetípica de nascimento divino, quer pensemos no nascimento de Marte, no nascimento de Rá no Egito; no nascimento da "jóia divina no lótus", segundo o budismo, ou no nascimento do "self" da Flor de Ouro, na China como no homem moderno.

Celebre também você o festival das flores da Deusa Flora, comprando flores e distribuindo-as por toda a sua casa. Se possuir plantas em vasos em sua casa ou apartamento, troque sua terra, ponha um pouco de fertilizante, preocupe-se com elas. Depois acenda um incenso floral de jasmim, rosa ou madressilva. Coloque um jarro com água em frente ao seu altar e coloque uma flor a flutuar dentro dele.

Faça com que raízes de você penetrem na Terra, obtendo deste modo uma reposição de energias perdidas ao longo de sua vida. Sinta a energia entrando em você. Agora erga os braços em direção à Lua. Sinta a energia da Lua somando-se às da Terra. Deixe que estas energias fluam dentro de você, limpando, curando, equilibrando. Para romper o fluxo, apóie ambas as mãos no solo. Deixe que as energias voltem para a Terra.