quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Ártemis 1



Esse texto é o segundo "feito à mão" que posto...serve aqui de experiência, pra ver se me faltou algo, e se bate com o resto que tenho a acrescentar...de qualquer forma, se tem alguém que eu me entendo bem é com ela, a Caçadora, a Deusa...Ártemis!




Com os séculos de patriarcado, a Mulher em sua essência foi vítima de uma tentativa esforçada de sufocamento. Felizmente, nos últimos anos, com o movimento so Sufrágio Feminino, e outros movimentos importantes, como o Feminismo e o Eco-feminismo nos anos 60, acabaram por “ressuscitar”, se é que esta palavra é adequada para explicar o que aconteceu e vem acontecendo com o espírito feminino. Ainda hoje há sim, tentativas de sufocar-nos, de nos domesticar (já que o tema da palestra é a Deusa Caçadora) de forma “passiva”. O nosso objetivo hoje é relembrar tais Deusas e despertá-las dentro de nós, e assim, despertando a nossa essência, já que é bem sabido, a Espiritualidade Femina e seus arquétipos orientam a nós, mulheres para dentro de nós mesmas. Mente, corpo e espírito são as nossas 3 espirais essenciais, e estas precisam estar em equilíbrio, sempre, e é bom lembrarmo-nos sempre de que apesar de nossa individualidade, nenhuma de nós, apesar de ser latente Ártemis, Atena, Hera, o que seja, todas nós carregamos na essência, no espírito, uma chama do que é a essência feminina, a fêmea, instintiva e provedora. Toda nós morremos e renascemos todo mês.



2.Mulheres Ártemis – A Mulher “Bixo-do-Mato”

A Deusa Ártemis atualmente não é lá muito notada. Isso se deve, principalmente, por que não é o lugar dela. Artemis é uma Deusa “rural” uma verdadeira “bixo-do-mato”. A nossa urbe com seus valores de ascenção social e valores materiais não oferecem conforto nenhum para Ártemis, ao contrário de sua irmã Atena. Esta também acabará por ser bastante mencionada justamente por ser ao mesmo tempo, tão parecida e tão oposta á irmã. Atena age mais no plano mental, é a mulher intelectual, enquanto Ártemis é mais atenta ao material, não na riqueza e luxo de Afrodite, mas ás plantas, a terra e os animais. Por isso, nas grandes metrópoles, a mulher-Ártemis pode parecer até um tanto recatada, mas na verdade, ela raramente é notada, justamente por não estar em seu “habitat”. É bastante simples, imagine um lobo capturado de seu habitat e colocado para ser criado em um bairro residencial. Por isso, costumo dizer que mulheres que possuem a essência de Ártemis latente em sua personalidade costumam ser bixos-do-mato. Podem até conhecer muitas pessoas, mas poucas a conhecerão de verdade, pois a tendência é ela se mostrar recolhida, amuada, ou, na mais pesada hipótese, uma mulher brava e antisocial. Outra característica comum de mulheres-ártemis é a apresentação, sim, a forma de se vestir. Ela não costuma usar os trajes sérios e neutros de uma profissional/intelectual como Atena, muito menos vaidosa, notória como a Afrodite. As roupas que em nossa sociedade obviamente representam o status, no caso de mulheres-Artemis, é simplesmente banal e não lhe é em nada importante.
Isso se deve ao fato de as mulheres-Ártemis estarem ligadas muito superficialmente á civilização (vejam bem, não estou de forma alguma dizendo que isso é errado, até mesmo pq eu sou uma, hehehe). A mulher Ártemis não se sente à vontade na cidade pois seu lugar é nas florestas, campos, no mato. Mesmo sendo ajustada, empregada e aparentemente bem-ajustada á civilização (não se esquecendo que é superficialmente), a mulher Ártemis facilmente “escapa” de tempos em tempos, ou na primeira chance, feriado ou fim-de-semana para alguma praia, cachoeira, fazenda. Ela pode até mesmo se ajustar na civilização apenas para garantir um sítio, onde cuidará de galinhas entre outros animais, e de hortas no final de semana. Essa é uma observação interessante, pois nota-se aí a mistura de essências: o plano de Atena (trabalhar, guardar o dinheiro) e Ártemis (o objetivo, o sítio/fazenda em sua mira tal como um animal na mira de sua flecha).(continua...)

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