quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Flora- a Deusa da Primavera

Primeira sa sequência, só para vermos como é que fica no blog!

Bom, vamos lá:




Durante os festejos, jogavam-se sementes sobre a multidão para atrair a fertilidade e a abundância. Se faziam também, sacrifícios de ovelhas e os homens lhe ofertavam mel e sementes de flores.O mel era considerado um dos presentes que Flora tinha dado aos seres humanos. A abelha é um símbolo da potência feminina da natureza. Ela foi ligada, prioritariamente, a Deméter, Ártemis e Perséfone, sendo ainda representação da terra, de sua maternidade, de sua diligência modeladora, hábil e ininterrupta; por conseguinte, é a imagem da alma telúrica de Deméter na sua forma maia pura e elevada.

Nas Tesmofórias siracusianas, os participantes levavam os chamados "mülloi", bolos preparados com mel e gergelim no formato do órgão genital feminino. Em sua monografia sobre as abelhas, Menzel alude a um hábito indiano, que classificou como comum, que consistia em untar os genitais da noiva com mel, no dia do casamento. A "castidade" da Grande Mãe, isto é, o fato de esta ser independente do homem, é bem evidente, em especial na colônia das abelhas da Amazônia, em que somente a rainha é fecundada pelo macho, e apenas uma vez.

Apesar de Flora ser uma deusa inteiramente itálica, Ovídio intenta relacioná-la com a mitologia grega. Partindo de uma falsa etimologia, identifica Flora com a ninfa grega Cloris. No relato há uma lenda entre Cloris e Zéfiro.

O autor nos conta que em um certo dia de primavera Zéfiro, o vento oeste, avistou passeando a ninfa Cloris, apaixonou-se por ela e seu beijo gentil a transformou em Flora. A raptou e posteriormente casou-se com ela. Como prova de seu amor, Zéfiro nomeou a sua amada como rainha das flores das árvores frutíferas. Concedeu-lhe ainda, o poder de germinar as sementes das flores de cultivo e ornamentais. Zéfiro e Cloris era um casal de deuses alegres e jovens que deslizavam pelo céu, enfeitados com coroas de flores, que tocavam com suas asas os casais de namorados nos dias frescos de primavera.

Depois Ovídio segue relatando que Flora interveio em outro mito. Juno tinha ficado desgostosa com Júpiter, por ele ter dado à luz sozinho a Minerva, decide então fazer o mesmo. A rainha dos deusas vai em busca da ajuda de Flora para conceber um filho sem ajuda de seu esposo. Flora lhe entrega uma flor que crescia nos campos de Oleno, na Acaia, com a qual Juno engravidou de Marte, o deus cujo nome é o primeiro mês da primavera no Hemisfério Norte. Assim, o nascimento a partir da flor feminina é uma forma arquetípica de nascimento divino, quer pensemos no nascimento de Marte, no nascimento de Rá no Egito; no nascimento da "jóia divina no lótus", segundo o budismo, ou no nascimento do "self" da Flor de Ouro, na China como no homem moderno.

Celebre também você o festival das flores da Deusa Flora, comprando flores e distribuindo-as por toda a sua casa. Se possuir plantas em vasos em sua casa ou apartamento, troque sua terra, ponha um pouco de fertilizante, preocupe-se com elas. Depois acenda um incenso floral de jasmim, rosa ou madressilva. Coloque um jarro com água em frente ao seu altar e coloque uma flor a flutuar dentro dele.

Faça com que raízes de você penetrem na Terra, obtendo deste modo uma reposição de energias perdidas ao longo de sua vida. Sinta a energia entrando em você. Agora erga os braços em direção à Lua. Sinta a energia da Lua somando-se às da Terra. Deixe que estas energias fluam dentro de você, limpando, curando, equilibrando. Para romper o fluxo, apóie ambas as mãos no solo. Deixe que as energias voltem para a Terra.

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