sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Artemisianas

Com exemplos é bem mais fácil de lidar com o que algumas Deusas remetem a nós. E duas grandes personagens Artemisianas são essas duas. Como eu estou em uma fase em que a Fêmea Selvagem recuperada ainda cria coragem pra sair da caverna (vide blog pessoal, www.lalobitalobinha.blogspot.com), nada mais interessante do que esse insight chegar em mim justo hoje!

1- Scarlett O'Hara ( Vivien Leigh - Gone With The Wind)



2- Ada Monroe e Ruby Thewes (Nicole Kidman e Renee Zelwegger- Cold Mountain)



Eu particularmente amo essas histórias da Guerra Civil nos Estados Unidos. É impressionante quantas mulheres artemisianas despertaram com o chamado da Terra quando seus maridos se foram para a Guerra, e elas, sozinhas fizeram seu trabalho "de mulher" e os "de homem"...fantástico, me identifico DEMAIS com isso!

Update tardio

Já há tempos eu queria colocar esses vídeos aqui, mas o blog pessoal estava me consumindo cada vez mais nos desabafos pessoais. Eis, então, 2 vídeos acerca o Joseph Campbell (sobre Mitologia e o papel do Herói), e um trechinho de Haxän - A Feitiçaria Através dos Tempos, que eu sempre recomendo...
Joseph Campbell 01- Tributo ao Herói



Joseph Campbell 02- O Poder do Mito
(tá em inglês)



Haxän - A Feitiçaria Através dos Tempos (além de ser um vídeo belíssimo, foi um dos pioneiros ao abordar abertamente a Feitiçaria, vale a pena procurar o filme todo!)



Leitura recomendada: Mulheres que Correm com os Lobos (prá variar) - particularmente, a lenda da Mulher Esqueleto, desafio a quem ler não ter pelo menos um frio na espinha!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

CONGRESSO PARLAMENTAR INDÍGENA E MULHERES





Achei esse texto e achei pra lá de interessante, fica aqui então, a dica!
Pra ver o site, clica aqui



"A Terra é a nossa mãe. Dela recebemos a vida e a capacidade para viver. Zelar por nossa mãe é nossa responsabilidade e zelando por ela,estamos zelando por nós próprias. Nós, mulheres indígenas, somos manifestações da Mãe -Terra em forma humana.Molestar, destruir, minimizar as manifestações da Mãe- Terra é ir contra a sua natureza, pois na natureza tudo deve fluir, assim como os rios que correm, os mares que enchem e esvaziam, como as cachoeiras que caem, como as pedras que rolam, como os filhotes que nascem e crescem, como a chuva que cai, como as luas que se enchem e vão, como o sol que esquenta e esfria, como a vida humana e animal que brota e transforma-se em húmus para a terra.Ir contra todos esses segmentos é violar o sagrado.A base filosófica de nossas vidas, como mulheres e povos indígenas, nessas 206 nações indígenas brasileiras, com culturas e línguas diferenciadas é o respeito pelo sagrado, pelo que foi criado pela natureza e a mulher faz parte deste sagrado, por isso sua palavra é sagrada, tanto quanto a Terra. E toda a sua cultura e espiritualidade relacionadas ao sagrado humano, deve ser respeitada.

Aqui queremos lembrar as sociedades matriarcais, originais, onde a palavra da mulher era uma força, uma decisão política. Mas o capital, a exploração do homem pelo homem, o egoísmo, a discriminação cultural e filosófica, o poder, a colonização limitaram essa força da mulher. Mas nos últimos dois séculos vemos aqui ou acolá, pipocar um grito estrangulado de uma mulher indígena, um grito estrangulado, mas determinado, como é o caso de alguns desses gritos pelo Brasil afora, resultando nas organizações de base dessas mulheres.E essas mulheres vêm transformado-se em educadoras, reprodutoras, agentes transformadoras da sociedade em que vivem.

Muitas delas como a primeira prefeita no Brasil, a índia Potiguara, enfermeira Iracy Cassiano ( popularmente chamada de Nancy), foi uma vitória no início da década de 90, mas que esbarrou em obstáculos históricos , políticos e culturais, assim como a organização de mulheres indígenas (Grumin) esbarrou, porque ali se formava com seu precioso apoio.A Associação de mulheres indígenas de Manaus foi criada para aglutinar mulheres imigrantes de suas terras originais e que só tinham como opção de trabalho, labutar como empregadas domésticas nas casas dos coronéis ou cair nos prostíbulos ou servir ao tráfico internacional.As aldeadas continuavam a servirem aos militares ou sofrer as violências oriundas das invasões de terras indígenas."

texto ELIANE POTIGUARA

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

De Xamanismo e Ecofeminismo



Esse texto eu encontrei pesquisando na net, e traduzi pra postar aqui. Se tiver algum erro ou dúvida, postem nos comments que eu corrijo!



Ecofeminismo e Xamanismo

por Gloria Fernan Orenstein

O folclore e as culturas estudados/recordados no ecofeminismo são considerados lendas ou mitos, as histórias que fazem parte de tal cultura frequentemente contém lições que nos faria bem se nos dispormos a compreendê-las. É preciso lembrar que procuramos por mais que apenas proteção espiritual, e estarmos sempre cientes dos riscos que envolvem trabalhar com pessoas de poder. Elas costumam ser muito humanas , e, parecido com os não-xamãs, tendem a abusar do poder. Acima de tudo, é preciso parar de banalizar o plano espiritual. Nós devemos praticar tais rituais certos de que seus efeitos são reais e que através deles nos comunicamos diretamente com outros planos. Mais importante que desnudar uma cultura estrangeira e suas posses espirituais, nós devemos começar a contribuir para a sobrevivência delas.
Precisamos começar a estabelecer padrões para a prática do Xamanismo, com o intento de proteger a população do charlatanismo e “new agers”, que nada sabem sobre o plano espiritual, e muito menos sobre consciência humana e psicologia, Os “new agers” não reverenciam exatamentea Terra (eles mais a “estupram” em busca de cristais para serem comercializados), e nem mesmo respeitam o feminismo. Um xamã “new ager” pode facilmente levar um neófito apaixonado e curioso a um estado de sérios danos mentais, ou simplesmente propagar a ignorância, a arrogância e falta de qualquer responsabilidade, que é característico da tagarelação que aparece em tais organizações. É preciso manter em mente que o Xamanismo é tão sério quanto uma cirurgia.
Nós nos permitiríamos ter o cérebro ou o coração operados por alguem não-treinado numa faculdade de medicina? Da perspectiva ecofeminista sobre ética, não devemos nunca esquecer o fato de que a misoginia e o dualismo enraizado na cultura branca-ocidental é responsável pela exploração tanto da Mulher quanto da Natureza. Por outro lado, não precisamos também nos afogar em culpa a ponto de arriscar nossas vidas. Devemos criar uma forma de equilíbrio em que possamos honrar as culturas não-Ocidentias e nós mesmas por todos os benefícios, enquanto mantemos constantemente uma posição crítica diante de toda forma de abuso de poder. Se levarmos as lições do Xamanismo a sério, e se revisarmos a nossa Cosmologia a tempo, se nós praticarmos o ecofeminismo de forma ética, honrado tanto o plano material quanto o espiritual, então, eu espero, que haja verdadeira esperança para que possamos nos curar e curar nossa Terra-Mãe.

Gloria Feman Orenstein é Professora de Literatura Comparativa e Coordenadora do Programa de Estudo de Mulheres e Homens na Sociedade, na Universidade da Califórnia, autora de "Theatre of Marvellous" e co-editora de "Reweaving the World: The Emergence of Ecofeminism" (inédito no Brasil pelo que pequisei, mas que em breve estará na minha coleção!)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Ártemis 1



Esse texto é o segundo "feito à mão" que posto...serve aqui de experiência, pra ver se me faltou algo, e se bate com o resto que tenho a acrescentar...de qualquer forma, se tem alguém que eu me entendo bem é com ela, a Caçadora, a Deusa...Ártemis!




Com os séculos de patriarcado, a Mulher em sua essência foi vítima de uma tentativa esforçada de sufocamento. Felizmente, nos últimos anos, com o movimento so Sufrágio Feminino, e outros movimentos importantes, como o Feminismo e o Eco-feminismo nos anos 60, acabaram por “ressuscitar”, se é que esta palavra é adequada para explicar o que aconteceu e vem acontecendo com o espírito feminino. Ainda hoje há sim, tentativas de sufocar-nos, de nos domesticar (já que o tema da palestra é a Deusa Caçadora) de forma “passiva”. O nosso objetivo hoje é relembrar tais Deusas e despertá-las dentro de nós, e assim, despertando a nossa essência, já que é bem sabido, a Espiritualidade Femina e seus arquétipos orientam a nós, mulheres para dentro de nós mesmas. Mente, corpo e espírito são as nossas 3 espirais essenciais, e estas precisam estar em equilíbrio, sempre, e é bom lembrarmo-nos sempre de que apesar de nossa individualidade, nenhuma de nós, apesar de ser latente Ártemis, Atena, Hera, o que seja, todas nós carregamos na essência, no espírito, uma chama do que é a essência feminina, a fêmea, instintiva e provedora. Toda nós morremos e renascemos todo mês.



2.Mulheres Ártemis – A Mulher “Bixo-do-Mato”

A Deusa Ártemis atualmente não é lá muito notada. Isso se deve, principalmente, por que não é o lugar dela. Artemis é uma Deusa “rural” uma verdadeira “bixo-do-mato”. A nossa urbe com seus valores de ascenção social e valores materiais não oferecem conforto nenhum para Ártemis, ao contrário de sua irmã Atena. Esta também acabará por ser bastante mencionada justamente por ser ao mesmo tempo, tão parecida e tão oposta á irmã. Atena age mais no plano mental, é a mulher intelectual, enquanto Ártemis é mais atenta ao material, não na riqueza e luxo de Afrodite, mas ás plantas, a terra e os animais. Por isso, nas grandes metrópoles, a mulher-Ártemis pode parecer até um tanto recatada, mas na verdade, ela raramente é notada, justamente por não estar em seu “habitat”. É bastante simples, imagine um lobo capturado de seu habitat e colocado para ser criado em um bairro residencial. Por isso, costumo dizer que mulheres que possuem a essência de Ártemis latente em sua personalidade costumam ser bixos-do-mato. Podem até conhecer muitas pessoas, mas poucas a conhecerão de verdade, pois a tendência é ela se mostrar recolhida, amuada, ou, na mais pesada hipótese, uma mulher brava e antisocial. Outra característica comum de mulheres-ártemis é a apresentação, sim, a forma de se vestir. Ela não costuma usar os trajes sérios e neutros de uma profissional/intelectual como Atena, muito menos vaidosa, notória como a Afrodite. As roupas que em nossa sociedade obviamente representam o status, no caso de mulheres-Artemis, é simplesmente banal e não lhe é em nada importante.
Isso se deve ao fato de as mulheres-Ártemis estarem ligadas muito superficialmente á civilização (vejam bem, não estou de forma alguma dizendo que isso é errado, até mesmo pq eu sou uma, hehehe). A mulher Ártemis não se sente à vontade na cidade pois seu lugar é nas florestas, campos, no mato. Mesmo sendo ajustada, empregada e aparentemente bem-ajustada á civilização (não se esquecendo que é superficialmente), a mulher Ártemis facilmente “escapa” de tempos em tempos, ou na primeira chance, feriado ou fim-de-semana para alguma praia, cachoeira, fazenda. Ela pode até mesmo se ajustar na civilização apenas para garantir um sítio, onde cuidará de galinhas entre outros animais, e de hortas no final de semana. Essa é uma observação interessante, pois nota-se aí a mistura de essências: o plano de Atena (trabalhar, guardar o dinheiro) e Ártemis (o objetivo, o sítio/fazenda em sua mira tal como um animal na mira de sua flecha).(continua...)

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Música também é magia!

Momento musical desta quarta-feira...



a fada azul
oswaldo montenegro
Composição: Oswaldo Montenegro

Ela dança as fases da lua
tece vento e o ar rodopia
põe no colo os bichos das ruas
põe no chão quem quer correria
põe as mãos de alguém entre as suas
e é o nascer de um sol, mais um dia
Do aroma rosa da arte
ela extrai a cor da alegria
do lilás do olhar de quem parte
faz o azul de quem ficaria
do vermelho ardor do estandarte
o nascer de um sol, mais um dia
Tem a solidão do poeta
a paixão da chuva tardia
escultora da linha reta
que a luz percorre e esta via
salta do seu olho, é uma seta
o nascer do sol, mais um dia
São brilhos de estrelas na perna
e a noite que a estrela anuncia
a paixão é estranha caverna
quem tem medo e amor já sabia
uma noite nunca é eterna
é o nascer do sol, mais um dia
Ela pisa as ruas do tempo
já foi louca, princesa e Maria
faz de azul mais que cor, sentimento
mina d'água, azul, poesia
faz soar as rimas que invento
e é o nascer do sol, mais um dia

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Impressões sobre a aula de ontem...(25/09/2008)




Essas coisas são pessoais demais, tenho frequentado as aulas de Xamanismo e Espiritualidade Feminina na Hera Mágica, e normalmente minhas impressões, eu prefiro deixar lá. Mas não hoje, pelo menos não todas, mas as impressões e insights mais fortes que tive, deixo aqui, Sei lá, pode ser útil para mais alguém, não é? Alguém pode ver esses acontecimentos por um aspecto que eu não havia percebido, também...
Bom, começamos a aula como de costume, com a introdução da Fox sobre as Deusas de Cura, tema a ser trabalhado na aula especificamente. Na meditação, nos sentamos na posição de lótus, e depois deixamos (de olhos fechados) visualizarmos uma tela em nossa frente, onde veríamos um céu nublado, com nuvens carregadas, e a cada respiração, as nuvens iriam se dissipando. Confesso nesse ponto, as nuvens custaram a passar, demorou muito para que eu conseguisse visualizar um céu limpo, e logo após este céu estar limpo, deveria testemunhar um pôr-do-Sol. E aí, as nuvens que tanto fiz para irem embora, voltaram, não como nuvens pretas e carregadas, mas aquelas nuvens fofinhas, branquinhas, que os primeiros raios de Sol do dia pintam de uma cor vermelho/alaranjado....foi este o pôr-do-sol que eu vi, e acho até por ser esse pôr-d-Sol a lembrança mais forte que tenho, que sempre apreciei “loucamente”. As nuvens não iam embora por conta de serem nuvens de mágoas muito pesadas, as mágoas de uma Ártemis que precisa aprender a ser sozinha, e que chegou até o abismo mais profundo para perceber isso.
Em algum ponto, a Fox intruiu-nos a pôr a mão esquerda onde o corpo sugerisse necessitar de cura. Obviamente todas nós, mulheres sensíveis e vivas, acabamos por colocar a mão no coração. Depois cada uma em seu caso particular, teve a mão involuntariamente “sugada” para outra região...e as minhas duas mãos não escolhiam se ficavam no coração, ou na garganta (tenho tido dores chatérrimas de garganta)...e aí que me toquei! Sim, no mesmo dia eu estava com a minha psicanalista e estávamos comentando esse meu péssimo hábito de evitar atrito, e muitas vezes, não dizer um terço do que queria, de engolir as palavras com sal e pimenta, de ouvir desaforos, ler desaforos e até mesmo além de engolir, recebê-los! Sim, eu entrar na sugestão de outra pessoa de que há algo errado COMIGO...assim, tomo as dores de todos. E minha garganta inflamou de tanto engolir. Curiosamente, tinha acabado de dar uma retrucada numa sem noção que veio me falarbosta e achou que ficaria por aí mesmo. Foi no blog dela, que a mandei à merda, pra se olhar no espelho, afinal de contas, alguém tão cheio de carências, nerd, boba, sonsa, metida a foda, com dor na coluna, dor de dente, gastrite e tudo mais. E aí me caiu a ficha: eu engoli desaforo DISSO? Ah, foda-se!
E a dor de garganta passou! Sim!
Outra coisa bacana foi enviar a energia de cura que havíamos “criado” para alguém em especial, independente de espécie. Só consegui visualizar aquela árvore, que penso nela todos os dias, que vou vistar todo fim de semana, aquela árvore-mãe, que eu tanto amo, e parece que ela também anda tristinha. Me ocorreu então, que a ânsia por colo e carinho que eu estava quando a conheci, coincidiu, talvez com a ânsia que ela estava para dar colo e carinho para alguém, mas ser sempre vista só como uma árvore á beira do lago. Unimos nossas ânsias e nos encotramos, uma no coração da outra! (nossa, já choro só de lembrar disso!)
E as cartas que me vieram: Oráculo da Deusa, me veio a Ártemis. Claro! Só podia ser ela! Mirar, apontar, caçar, assim como alimentar, nutrir, proteger a vida recém-chegada. Encontrar a minha floresta, encontrar meu canto. E a outra carta que veio, do Oráculo do Santo Graal, a carta “Emoção”.... justamente, me apegar a mim mesma, eu me meto a me envolver com os outros, mas quando perco meu território, eu piro! E cada vez mais, ser sozinha tá sendo uma delícia!
Encerramos o círculo com o maracá (eu com meu querido pau-de-chuva, já que o maracá tá em alguma das caixas pra mudança)
Só me espremeu o coração relembrar aquela árvore. Que saudades dela, esse fds eu tenho que ir vê-la! E sobre Ártemis...bom...em breve eu explicarei sobre ela (o que eu achar!)!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Afrodite 1

A coisa por ora vai funcionar da seguinte forma: como eu estou acostumada a tirar minhas conclusões à medida que aprendo, ora apenas pensando, outras só falando, mas nunca escrevendo, deixem comentários, dúvidas e coisas afins. Eu tb tenho algumas dúvidas e as postarei. E vamos ver no que dá, ok? Prontos(as)? Ready or not, here I go!




Sobre a Afrodite, quero começar utilizando algumas palavras “emprestadas”, como a que segue abaixo: (retirado do site http://www.paganismo.org/colunistas/elide-cascone/altar-do-amor-de-afrodite/venus.html, autoria de Élide Cascone)
“Como digo sempre, Afrodite é uma Deusa geniosa e não costuma atender a mulheres que têm sua auto-estima em baixa. Ser feminina é muito mais do que andar cheia de “penduricalhos”. Ser feminina é uma atitude da alma. Não se esqueça disso, por mais que use jeans, tênis, e um cabelo curtinho, o charme e a sedução é algo que brota da essência de nosso ser, refletindo assim no físico exterior. Alguns estudiosos de aromas dizem também que mulheres femininas tem um cheiro natural mais atraente a ambos os sexos.

A beleza de sua Afrodite está na alma que se deleita ao ser mulher em qualquer fase da vida: donzela, mãe ou anciã. Todas têm poder de sedução, use- o.”

Eu sou muito mais Ártemis, gosto de mato, de desafiar os homens, e da liberdade. Mas nem por isso, esse aspecto Afrodite desaparece. É bastante comum eu ver uma mulher bem-arrumada, salto alto e o escambau e pensar comigo “pfff...como é que ela vai andar no mato com esse sapato?”. Mas isso é um aspecto meu. Usei-o para exemplificar, pois não pretendo falar diretamente apenas ás mulheres-Afrodite, mas também ás mulheres de outras Deusas, como no meu caso, Ártemis.

Com toda a certeza os atributos de Afrodite vão além desse trecho de descrição que peguei emprestado da Élide Cascone. Eu, pessoalmente, me vejo como Afrodite na cor vermelha. Eu adoro vermelho, quando me desperta a Afrodite, eu paro de roer as unhas e pinto-as de vermelho. Compro sapatos vermelhos. Para aulas de dança (momento mais feminino do que a dança?) eu uso uma saia vermelha, e um véu branco (como asas de uma pomba branca. Puramente Afrodite!).

O segredinho para estar em paz com Ela, é, principalmente, se localizar. Achar seu centro. Pois a Afrodite tem um lado “perigoso”, que é o do excesso. Por ser extremamente feminina, ela tende a exagerar, dramatizar. O jogo do amor é um jogo perigoso, embora seja delicioso se arriscar nele.

Seguindo um trecho de “A Deusa Interior” (Jennifer & Roger Woolger)

“(...) Não há nada de novo na descoberta de que casamentos arranjados geralmente fracassam no plano emocional. Quando os Deuses são convocados a observar o casal em sua rede in flagrante delicto (literalmente, “nas chamas do deleite”), eles acham a cena tão lúdica que não resistem e caem numa gargalhada homérica. Como se a Deusa do amor pudesse se satisfazer com um só marido!”

Ao meu ver, tais palavras podem chocar uma mulher-atena, tão acostumada ás regras e princípios. Uma mulher-atena que se deixa levar por Afrodite, mas sem saber exatamente como está a despertando em seu interior, pode acabar se encontrando numa situação de culpa, de acabar por ir contra seus princípios, se entregando à uma relação adúltera, ou sendo parte deum triângulo amoroso.
Em alguns casos, a mulher com Afrodite desperta tende a ser a musa, a inspiradora. O homem, já casado, se sente atraído pela beleza, pela sedução, pelo olhar hipnótico de uma Afrodite acordada e á flor da pele. E tal Afrodite, com seus jeitos e trejeitos, de sedução, de inspiração, de alegria, inspira o homem, que por sua vez, acaba por compartilhar seu mundo com a amante Afrodite, como toda amante, dá prazer e inpiração. O trsite é que muitas Afrodites despertas podem cair de amores num triângulo amoroso, e a delicadeza de Afrodite então aparece. Não que ela não sobreviva, mas com seu aspecto emocional latente, e a sexualidade exposta, a dor emocional é profunda e dolorida, e uma recuperação, por mais que bem-sucedida no final, tende a ser dolorida.
(continua...)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Acabou de chegar

Esse eu recebi agora mesmo da Soraya, da Cirandda da Lua....apaixonei-me!





Sincronicidade
Você me sente sem eu chegar
Eu leio sua alma sem te conhecer
Eu levo amor à tua vida
E um brilho de luz em cada palavra dita.
Basta um pensamento para que eu aconteça
De noite eu penso, de manhã realizo.
Eu não controlo o choro e o riso
Cada dia crio a minha sentença.
Eu atraio só o que eu quero.
Eu faço minhas imagens...
O retorno chega logo
Chega o amor, luz, felicidades.
Eu sinto teus desejos no vento
Eu sigo tua essência e luz.
O que estás pensando neste momento?
O que você pensa longe reluz.
É assim, de tão simples difícil parece
É assim, fazer acontecer hoje o que a alma pede
É assim, só pensar e sintonizar no bem...
É só querer que tudo vem!

"Há uma força escondida, uma força do astral, uma força minha,
que faz acontecer o bem ou o mal. Os pensamentos têm força.
Preste atenção nos seus e no que você atrai na sua vida...
Pois você a cria diariamente!"

Flora- a Deusa da Primavera

Primeira sa sequência, só para vermos como é que fica no blog!

Bom, vamos lá:




Durante os festejos, jogavam-se sementes sobre a multidão para atrair a fertilidade e a abundância. Se faziam também, sacrifícios de ovelhas e os homens lhe ofertavam mel e sementes de flores.O mel era considerado um dos presentes que Flora tinha dado aos seres humanos. A abelha é um símbolo da potência feminina da natureza. Ela foi ligada, prioritariamente, a Deméter, Ártemis e Perséfone, sendo ainda representação da terra, de sua maternidade, de sua diligência modeladora, hábil e ininterrupta; por conseguinte, é a imagem da alma telúrica de Deméter na sua forma maia pura e elevada.

Nas Tesmofórias siracusianas, os participantes levavam os chamados "mülloi", bolos preparados com mel e gergelim no formato do órgão genital feminino. Em sua monografia sobre as abelhas, Menzel alude a um hábito indiano, que classificou como comum, que consistia em untar os genitais da noiva com mel, no dia do casamento. A "castidade" da Grande Mãe, isto é, o fato de esta ser independente do homem, é bem evidente, em especial na colônia das abelhas da Amazônia, em que somente a rainha é fecundada pelo macho, e apenas uma vez.

Apesar de Flora ser uma deusa inteiramente itálica, Ovídio intenta relacioná-la com a mitologia grega. Partindo de uma falsa etimologia, identifica Flora com a ninfa grega Cloris. No relato há uma lenda entre Cloris e Zéfiro.

O autor nos conta que em um certo dia de primavera Zéfiro, o vento oeste, avistou passeando a ninfa Cloris, apaixonou-se por ela e seu beijo gentil a transformou em Flora. A raptou e posteriormente casou-se com ela. Como prova de seu amor, Zéfiro nomeou a sua amada como rainha das flores das árvores frutíferas. Concedeu-lhe ainda, o poder de germinar as sementes das flores de cultivo e ornamentais. Zéfiro e Cloris era um casal de deuses alegres e jovens que deslizavam pelo céu, enfeitados com coroas de flores, que tocavam com suas asas os casais de namorados nos dias frescos de primavera.

Depois Ovídio segue relatando que Flora interveio em outro mito. Juno tinha ficado desgostosa com Júpiter, por ele ter dado à luz sozinho a Minerva, decide então fazer o mesmo. A rainha dos deusas vai em busca da ajuda de Flora para conceber um filho sem ajuda de seu esposo. Flora lhe entrega uma flor que crescia nos campos de Oleno, na Acaia, com a qual Juno engravidou de Marte, o deus cujo nome é o primeiro mês da primavera no Hemisfério Norte. Assim, o nascimento a partir da flor feminina é uma forma arquetípica de nascimento divino, quer pensemos no nascimento de Marte, no nascimento de Rá no Egito; no nascimento da "jóia divina no lótus", segundo o budismo, ou no nascimento do "self" da Flor de Ouro, na China como no homem moderno.

Celebre também você o festival das flores da Deusa Flora, comprando flores e distribuindo-as por toda a sua casa. Se possuir plantas em vasos em sua casa ou apartamento, troque sua terra, ponha um pouco de fertilizante, preocupe-se com elas. Depois acenda um incenso floral de jasmim, rosa ou madressilva. Coloque um jarro com água em frente ao seu altar e coloque uma flor a flutuar dentro dele.

Faça com que raízes de você penetrem na Terra, obtendo deste modo uma reposição de energias perdidas ao longo de sua vida. Sinta a energia entrando em você. Agora erga os braços em direção à Lua. Sinta a energia da Lua somando-se às da Terra. Deixe que estas energias fluam dentro de você, limpando, curando, equilibrando. Para romper o fluxo, apóie ambas as mãos no solo. Deixe que as energias voltem para a Terra.